Título: Motoqueiro Fantasma - Espírito de Vingança
Título Original: Ghost Rider: Spirit of VengeanceDireção: Mark Neveldine e Bryan Taylor
Roteiro: Scott M. Gimple, Seth Hoffman, David S. GoyerGênero: Ação
Duração: 95 Minutos
Nicolas Cage e o primeiro "Ghost Rider" possuem semelhanças: ambos são extremamente criticados, alguns chegam a odiá-los e na grande maioria das vezes são motivo de chacota. Já aqui nesse novo exemplar do badass motoqueiro de cabeça flamejante a relação é muito mais harmoniosa, acertada e gostosa: O filme ajuda Nicolas Cage e Nicolas Cage ajuda o filme. O ator certo, no filme certo e com a direção certa. Mas nem tudo são flores...
A história é simples: nosso querido Diabo (Ciarán Hinds) precisa por as mãos em Danny (Fergus Riordan), filho de Nadya (Violante Placido) concebido através de um pacto feito pela mãe.Visando proteger o garoto, Moreau (Idris Elba) pede a ajuda do amaldiçoado motoqueiro Johnny Blaze (Nicolas Cage) para transportar o menino até um lugar sagrado e seguro e em troca, o libertaria de sua maldição.
Mesmo com um roteiro genérico usado como desculpa para se por em prática as doideiras dos dois diretores, o filme acaba tendo problemas. Furos podem ser engolidos nesse tipo de produção, mas quando passam a beirar o ridículo incomodam. Provando o desleixo dos (TRÊS) escritores, vemos uma cena em que Blaze - possuído por sua maldição - é atingido por um lança granadas e levado inconsciente para um hospital. Mais a frente em uma outra cena, o motoqueiro é atingido por nada menos que um JAVELIM e simplesmente se levanta e anda como se nada tivesse acontecido.
Mesmo assim o filme possui acertos: o tom insano e sarcástico que o filme (mais particularmente seu protagonista) recebe é uma escolha correta que combina com a trama além de sustentar o terreno para seus diretores usarem e abusarem de seus já conhecidos artifícios ("Adrenalina" e "Gamer"). O estilo de direção trazido para esse projeto é uma faca de dois gumes: é um dos grandes diferenciais e qualidade do filme, mas é também onde o mesmo se afunda.
Conhecidos por sua direção frenética e maluca, Neveldine e Taylor usam e abusam de todos os seus recursos, acabando por pecar pelo exagero. Esses exageros visuais e estéticos que funcionam em outros de seus filmes, aqui parecem forçados e foram de tom e por mais impossível que pareça, não parecem orgânicos ao filme. Além de toda pirotecnia e acrobacias que beiram a megalomania (Cage suspenso e rodando violentamente no ar é de uma falta de noção e diversão inacreditável), o que mais incomoda são o abuso de artifícios como Flares (J.J Abrams mandou um abraço) e até mesmo "Dutch Angles" como apenas motivo estético desnecessário, sem acrescentar absolutamente nada a trama. Mas dessa direção diferenciada vem o outro grande ponto do filme: atuação de Nicolas Cage.
Não, ele não está dramaticamente perfeito e foi uma injustiça não indicá-lo ao Oscar, mas quando se faz necessário, o ator tira de seu grande leque seus melhores berros e expressões, chegando a assustar. Utilizar o corpo do ator para a captura de movimentos do motoqueiro foi uma bela ideia: dancinhas e gingadas protagonizadas pelo icônico ator divertem qualquer olho que esteja presenciando tal cena. Se isso não fosse suficiente, como um atormentado Johnny Blaze, Cage berra, se sacode, faz caras e bocas e demonstra uma insanidade digna de um usuário de cocaína e faz sua parceria com os diretores ter sido um dos grandes acertos da Marvel. Com tudo isso, os outros atores que trabalham na projeção passam completamente desapercebidos. Nenhum deles faz um trabalho que mereça destaque - sempre se mantendo na mediocridade - mas também nenhum deles merece o Framboesa de Ouro por suas participações.
No fim, Motoqueiro Fantasma - Espírito de Vingança é como a maldição de seu protagonista: apresenta grandes problemas ao seu espectador, mas diverte em pontuais momentos de sua viagem.
NOTA: 2.5/5
Estou esperando o dia mo qual você dará nota 5 para um filme. rsrs
ResponderExcluirVou assistir Motoqueiro Fantasma - Espírito de Vingança amanhã, mas confesso que não estou com grandes expectativas referentes ao filme. Até gosto do Nicholas Cage, mesmo que (na minha opinião) ele tenha apenas uma expressão. Ou melhor, 2, quando ele ri e a outra expressão para as demais cenas.
Tenho uma dúvida, para assistir esse filme precisa ter assistido o outro? Eu assisti, mas não lembro de praticamente nada.
Acho que eles poderiam ter dado mais atenção a esse detalhe que você descreveu sobre ele ser atingido por um lança granadas e um JAVELIM. Essas coisas acabam deixando o filme um pouco a desejar.
Enfim, depois te conto o que achei do filme.
Bjs
Gabi Lima
Nem precisa. É um filme bem independente do primeiro. Só o Nicolas Cage que continua mesmo. haha
ExcluirA tá. Valeu! Então amanhã estarei no cinema vendo Nicholas Cage em 3D. rsrs
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